Oi gente's, tudo bem com vocês?
Como há muito não postamos nada sobre cinema, hoje trazemos uma sugestão ótima para aquela noite ou mesmo para o fim de semana. Assistimos "Cuatro Lunas" e ficamos encantados com o enredo e a produção. Leia nosso breve comentário, assista ao filme e volte para deixar sua opinião.
Como há muito não postamos nada sobre cinema, hoje trazemos uma sugestão ótima para aquela noite ou mesmo para o fim de semana. Assistimos "Cuatro Lunas" e ficamos encantados com o enredo e a produção. Leia nosso breve comentário, assista ao filme e volte para deixar sua opinião.
Cuatro Lunas
Um drama sincero
Filme de 2014, Cuatro Lunas foi dirigido por
Sergio Tovar Velarde. Em alusão clara às quatro fases da lua, o filme retrata o
cotidiano de quatro indivíduos homossexuais, cada qual vivendo sua vida,
enfrentando seus problemas e tendo de lidar com as contraditoriedades
encontradas pelo caminho, as histórias são independentes e não se cruzam no
roteiro.
Velarde dirige um drama que não escorrega no
exagero, faz romance sem cair em estereótipos ou clichês, retrata desejo sem
deixar de lado a humanidade, consegue trazer histórias já conhecidas com sabor
de descoberta. É assim que "Cuatro Lunas" prende o expectador. De
forma delicada e singela, mostra que antes de qualquer questão, somos humanos e
como tais, estamos sujeitos a erros, a acertos, a escolhas equivocadas, a chorar e a lidar com as consequências de nossos passos.
Qual a reação de um jovem que, descobrindo a
sexualidade, sente-se atraído pelo primo? As dúvidas sobre o corpo e os próprios
desejos se intensificam, o primo que é a pessoa do mesmo sexo de maior
proximidade se torna a possibilidade da descoberta e fica claro que a lua nova
marca este momento, a questão não é amor ou um sentimento profundo ligando uma
pessoa à outra, trata-se antes do novo, da doce descoberta da sexualidade e o
turbilhão de sensações que o momento traz a cabeça e à vida de um
indivíduo.
Quarto crescente fala de reencontro, fala de
entendimento. Trata-se de um coincidente reencontro de dois amigos de infância
que descobrem um sentimento além da amizade entre eles. Os problemas vêm de
ambos os lados, um deles perdeu o pai, a mãe está desestruturada, inclusive
para ouvi-lo, e para piorar, a situação econômica deles não é favorável. O outro
vive no armário e tem uma noiva para enganar aos outros e a si mesmo. O que
pode ocorrer quando os dois se apaixonarem? Será que haverá estrutura para que
a relação floresça ou tudo acabará onde começou, na despretensiosa descoberta
de um sentimento mútuo que pretendia crescer em uma noite de lua no quarto
crescente?
A felicidade é mesmo uma receita a ser
seguida? Um relacionamento estável, aproximadamente dez anos, uma casa -o lar-,
a companhia, amigos em comum, o filme no final de semana etc., são as
características de um casal, aparentemente, em momento de felicidade? O filme
apresenta a história de Andres e Hugo, que a primeira, bem primeira vista, parecem felizes, mas que aos poucos dão sinais de que a relação vem se
desgastando há tempos, e acompanha o empenho de apenas um dos envolvidos em não
deixar que a lembrança do amor que um dia os uniu se apague por completo. Lua
cheia fala de desgaste, de fim de ciclo e claro, da dor que inevitavelmente
acompanha esse processo. Nós, expectadores, acompanhamos a deterioração de um
relacionamento ao ponto de nos questionar se tudo que um dia possivelmente tenha
contribuído para que o amor florescesse se tornou responsável para que ele, de
igual maneira, termine, ao mesmo tempo em que o autor nos traz a hipocrisia, tão
vivida em relacionamentos desgastados. Despedir-se, desfazer-se, admitir o fim
dificilmente é uma tarefa fácil. Mas até que ponto o salvamento de algo
impossível de ser salvo se justifica?
Há inúmeras pessoas que jamais conseguem se libertar e viver plenamente sua sexualidade, em boa parte dos casos os mais afetados e
machucados com essa atitude são elas mesmas, que na decisão por sustentar
mentiras, fazem brotar verdades que o passar das décadas
cuida por solidificar na mente e no imaginário dos envolvidos. Em alguns casos, parece que a mentira deixa de existir e a verdade, bem, a verdade se torna uma prisão
impenetrável. Você está sentado à mesa e partilha com a família sua vida; você
tem esposa, filhos, netos, uma carreira modesta, entretanto respeitada e,
apesar de ter conseguido o respeito de todos, não conseguiu respeitar a si
próprio, prova disso é sua busca incessante por satisfazer os desejos
arrastados para debaixo do tapete constantemente. Joaquín é um senhor que
míngua por sexo e acaba conhecendo um garoto de programa por quem nutre um desejo,
mas encontra dificuldade para conseguir o dinheiro cobrado por ele. Quarto
minguante marca a escassez de diversas
coisas, talvez a principal delas, seja amor próprio.
Poxa, que postagem bacana! Acho que vou precisar de alguns dias para absorvê-lo... Eu concordo com o que foi dito, mas acho que há tantas variáveis que influenciam nessa equação...
ResponderExcluirMais do que a pressão por viver um amor romântico ou "ter alguém", penso nos fatores inerentes a cada individuo. Eu mesmo sou um "solteirão"... apesar de gostar da ideia de viver um amor romântico desses de novela das 18h00 (gostei da ideia), eu nunca namorei.
Conheço pessoas extremamente "fortes", algumas inclusive dentro do padrão, que tinha sua autoestima destruida por alguns fatores e assim acabam sendo vitimas de si próprios...
Enfim... precisava de uma boa xícara de café e sentar para falar sobre! ;)
Obrigado por levantar essa discussão!
Oi Latinha tudo bem? Antes de abrir minha caixa de entrada e ver seu comentário pensei: Será que ele já leu?
ResponderExcluirkkkk
Acho que você comentou na postagem errada ou não? Seu comentário refere-se a postagem sobre o filme "Cuatro Lunas" ou a "Hoje Não Sociedade!"
Já sabe né . . ? Volte Sempre!