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Uma Nova Alternnativa
Image courtesy of Stuart Miles at FreeDigitalPhotos.net

Não faz sentido nenhum, em nossa época, atitudes preconceituosas em relação ao que quer que seja: credo, cor, raça, ideologias, condição/orientação sexual etc. 
É impossível conceber que em pleno século XXI ainda existam pessoas cujo ódio e revolta levam a tomada de atitudes extremas, desde propor medias legislativas de cura gay até os casos mais absurdos e incompreensíveis de agressão e assassinato. Aqui, podemos levantar uma questão central e crucial para começarmos a entender o porquê do ódio, revolta e incompreensão por parte de algumas pessoas.
O ser humano  precisa constantemente estar em zonas de conforto, pois essas zonas garantem estabilidade, perenidade e continuidade do que se tem como comum, rotineiro e normal. Ora, quem pode dizer que não se sente confortável com rotinas estabelecidas? E mais, quem não se sente em desconforto quando algumas delas são bruscamente mudadas ou interrompidas por qualquer motivo que seja?
A quebra do que é comum, constante e "igual" causa desconforto, incômodo, revolta e medo. Uma colega certa vez comentou sobre uma aula em que a professora discutia sobre preconceito e questionou aos estudantes o motivo dessa atitude, ao que um dos estudantes respondeu que o preconceito "é o medo do diferente", daquilo que quebra uma constância. Querendo ou não, vivemos em uma sociedade heteronormativa na qual ser hétero é "comum", é normal e saudável e isso se torna uma verdade universal e natural. Quando alguém surge pra dizer o contrário, todo o constructo na mentalidade das pessoas é colocado em xeque e o conforto da verdade universal é posto a prova, em prol de não uma, mas de algumas verdades. Como aceitar o diferente? Como lidar com aquilo que foge do comum?
Alguns se mostram abertos ao debate, outros não, por considerar suas verdades inquestionáveis, pois o que é diferente é errado, logo todo diferente é errado, não cabendo qualquer discussão ou acerto. Conversando com algumas pessoas, lendo matérias e artigos é fácil nos perguntarmos se ainda vivemos os tempos obscuros da Idade Média, tamanho o número de absurdos que ainda somos obrigados a ouvir e a ler.
O diferente hoje se coloca como comum, usando uma máxima bastante popularizada, "ser diferente é normal", e não faz sentido condenar, julgar ou apontar pessoas pela sua diversidade. A discussão para o avanço é uma porta que sempre deve estar aberta, pois o diálogo, em geral, sempre leva ao acordo, a ignorância apenas gera revolta, intolerância e mais problemas. Diálogo é o caminho, não existe mais espaço para verdades universais, imutáveis e inquestionáveis, precisamos mais do que nunca abrir caminhos e alternativas. Não deve existir espaço para ideias e pessoas retrógradas em nosso mundo.
Alternnativa é uma tentativa de trazer uma forma de debater, problematizar e questionar as coisas como elas são, duvidar e criticar aquilo que nos é entregue, analisar nossa realidade e as condições que permeiam nossa vida. Precisamos lutar contra todo o tipo de preconceito, esperamos poder construir uma luta nesse sentido aqui.